Auditório do Memorial da América Latina será reaberto nesta sexta-feira em SP

15/12/2017


Após ficar fechado por 4 anos depois de um incêndio atingir o local, o auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, será reaberto na próxima sexta-feira (15). A obra de recuperação custou R$ 42 milhões. A reinauguração do auditório está prevista para as 19h30.

 

A Orquestra Jazz Sinfônica será a principal atração da festa. A programação começa no foyer do auditório com apresentação de mariachis mexicanos, cuecas chilenas, dançarinos de tango da Argentina e da harpista paraguaia Lucero Ovelar.

 

Com uma área de 6 mil m², o novo auditório multiuso mantém o projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer. Ao todo, são 1.788 lugares divididos nas plateias A e B. Ou seja, O auditório tem um palco central e a plateia fica dividida em duas partes com separação acústica possibilitando a ocorrência de dois eventos simultâneos.

 

Uma tapeçaria da artista Tomie Ohtake, considerada a maior do mundo, que revestia toda a parede lateral interior do auditório e foi destruída no incêndio foi refeita com material não-inflamável.

 

Além da obra de Tomie Ohtake, cortinas, carpetes e revestimentos do auditório também foram feitos utilizando materiais antichamas para evitar que um novo incêndio possa destruir o auditório

 

No foyer, outras duas obras danificadas no incêndio também foram recuperadas e estão em seus lugares: a “Pomba”, escultura de Alfredo Ceschiatti que fica no alto da rampa de entrada do auditório, e o mural “Agora”, de Victor Arruda.

 

De acordo com o Memorial da América Latina, a reconstrução do espaço teve como prioridade a segurança, acessibilidade, conforto e visibilidade do ambiente.

 

Obras

A primeira fase da obra, de reconstrução da estrutura de concretagem foi concluída em abril de 2016. As obras tiveram início em outubro de 2015 e a primeira etapa custou R$ 6,5 milhões. O recurso utilizado foi proveniente do seguro do Memorial.

 

Na segunda fase das obras, que custou R$ 28,8 milhões dos cofres públicos, foi realizada a instalação da parte cenográfica, instalação hidráulica, elétrica, acessibilidade e ar-condicionado. Foram necessários mais R$ 4,5 milhões devido às alterações no projeto inicial para atender exigências do Corpo de Bombeiros. O valor adicional foi custeado com recursos próprios da Fundação Memorial da América Latina.

 

Já o recurso das poltronas, foi captado pelas empresas através da captação do projeto incentivado pela Lei Rouanet. O valor inicial da reconstrução, prevista pelo governo do estado, era de R$ 35 milhões.

 

A Tapeçaria de Tomie Ohtake, totalmente reconstruída numa peça única de 840m², foi recolocada no seu local de origem, na parede lateral entre as plateias A e B. A mão-de-obra e material para a nova peça foram doadas por empresas.

 

O processo de reconstrução, a partir do croqui original da artista, foi supervisionado pelo casal de artesãos Jorge e Vera Nomiya, do Instituto Tomie Ohtake.

 

Fonte: G1