Comerciários fazem Marcha pela Carteira Assinada no Brás

19/04/2013


No dia 17/04 o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, a União Geral dos Trabalhadores - UGT e outras entidades sindicais, pela terceira vez, foram às ruas em defesa do registro em carteira. Desta vez, a Marcha pela Carteira Assinada aconteceu na região do Brás, local onde alguns empresários não cumprem a legislação trabalhista além de ser uma região onde há confecções de roupas que utilizam o trabalho análogo à escravidão.

“O trabalhador que não tem registro em carteira está sendo impedido de ter cidadania. E, para dar um basta na informalidade o Sindicato está na III Marcha pela Carteira Assinada levando a cada centro comercial a voz do comerciário que quer ter direito ao FGTS, 13º salário, tempo de aposentadoria, seguro-desemprego, auxílio-doença, auxílio-acidente etc. Junto com a Marcha também caminharam os auditores que fiscalizam, detectam e mapeiam onde o direito da carteira assinada não está sendo cumprido”, disse Ricardo Patah, presidente da Entidade.

 

A passeata, que concentrou uma multidão no Largo da Concórdia, percorreu as principais ruas do bairro como Rua Ministro Firmino Whitaker, Oriente e Xavantes. Da porta da loja, os comerciários apoiaram a manifestação.

 

“Apesar da pouca experiência, é claro que vou preferir um trabalho com carteira assinada do que um sem registro em carteira. Dessa forma garanto agora meus direitos futuros (como aposentaria, FGTS)”, enfatizou a jovem comerciária Aline Bertoldo.

 

“A culpa da informalidade é que o patrão está preocupado somente em lucrar e não está nem aí no que diz respeito aos direitos das pessoas que estão dia a dia trabalhando para ele. Sou registrada e desejo isso para os demais trabalhadores. Só assim vou garantir minha aposentadoria”, disse a comerciária Cícera Rodrigues

 

 

 

“Sempre tive carteira assinada. Muitos trabalhadores se submetem a não ter o registro porque acreditam que estão lucrando, mas bem na verdade só quem está perdendo é ele próprio”, declarou o estoquista da loja de lingerie, Júlio Cesar

 

“Eu sou registrada. Parabenizo o Sindicato por realizar uma Marcha tão importante, pois o comerciário que não é registrado só tem perdas que irão prejudicar sua própria vida”, afirma a vendedora Angra Santa Barbara.

 

A Marcha em Defesa da Carteira Assinada, já foi realizada na Rua 25 de Março e na região do Bom Retiro, busca o fortalecimento do mercado formal e a valorização da classe comerciária de São Paulo.