Comerciários discutem o uso de álcool e outras drogas no ambiente de trabalho

23/09/2013


O Comitê de Aconselhamento sobre Álcool e Drogas do Sindicato dos Comerciários de São Paulo promoveu o II Seminário para discutir o enfrentamento do problema no ambiente de trabalho. Além dos palestrantes Alberto Chaves de Oliveira, o Dr. Laco; Silze Morgato e Maria Elena Reis participaram do evento as empresas do comércio que querem implantar métodos e programas para prevenir e tratar a doença no ambiente de trabalho.


“Esse Sindicato representa 500 mil trabalhadores e tem a percepção de trabalhar para o social. As drogas é um dos maiores problemas, sendo uma das lutas que mais nos preocupa. Por isso não podemos cruzar os braços. Vamos fazer reflexões, buscar caminhos e trazer para o ambiente de trabalho essas pessoas, que por consequência das drogas ficam fora do mercado de Trabalho. Estamos disponíveis pela valorização do ser humano e, principalmente, pela valorização da vida”, iniciou o presidente da entidade sindical, Ricardo Patah.


“Nosso papel é dizer o quanto é ruim, e que temos outros caminhos e pessoas que possam nos trazer a felicidade e oferecer, também, a ‘adrenalina’ contagiante. Que este encontro fortaleça um pouco mais o debate, principalmente no local de trabalho, porque, ainda, muitas empresas não entendem que é uma doença e precisa ser tratada”, disse a diretora do Departamento Social e Previdenciário, Cleonice Caetano.


A diretora do Centro de Tratamento para Dependência Química Vila Serena, Silze Morgado, mostrou para as empresas a importância do tratamento em grupo.


Já Maria Elena Reis, Secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, tirou dúvidas e abordou os projetos e programas do governo que ajudam na recuperação dos dependentes químicos.


O médico, especialista no enfretamento das drogas e autor do livro ‘Drogas no Ambiente de Trabalho, Dr º Laco, falou dos acertos e erros que as empresas cometem ao implantar um programa para o enfretamento da doença. Segundo o médico, “não tratamos drogas, tratamos gente”. Por isso as empresas devem agir da seguinte forma:
-divulgar a importância da prevenção e do tratamento;
-formar comitê gestor;
-definir apoios externos de consultoria, treinamento e tratamento;
-acompanhar os casos;
-divulgar os resultados;
-realizar testes toxicológicos;
-oferecer informações.

 

Estatísticas
Segundo Estatísticas da Organização Mundial do Trabalho (OIT), divulgado em maio, o Brasil está entre os cinco primeiros do mundo em acidentes de trabalho. São em média 500 mil e, quatro mil deles resultam em morte. Os dados levantados indicam que de 20% a 25% dos acidentes de trabalho no mundo envolvem pessoas intoxicadas que se machucam a si mesmas e a outras pessoas.