Empresas de tecido a refeição elevam projeção de crescimento da economia
02/09/2022

Restaurantes falam em alta acima de 6%; construção projeta
até 5%
Depois da divulgação dos dados do PIB do segundo trimestre
pelo IBGE nesta quinta (1º), entidades setoriais começam a revisar suas
projeções de crescimento para cima neste ano.
Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), tanto a
previsão do PIB da indústria, de 0,2%, quanto a expectativa da entidade para o
indicador nacional devem aumentar. Entre os dados do segundo trimestre que mais
chamam a atenção da entidade, os da indústria de transformação, que tinha
previsão de queda de 1,5% deverá ter uma retração mais moderada.
Para o SindusCon-SP, a expectativa para o PIB da construção
em 2022 passou de um crescimento de 3,5% para algo em torno de 4,5% a 5%.
José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast
(Associação Brasileira da Indústria do Plástico), estima que o PIB de seu
segmento vai estar muito perto de 3%, e a inflação, em torno de 6,7%.
De acordo com a Abit (indústria têxtil), a revisão para o
segmento deve apontar um ligeiro crescimento, devido aos problemas no primeiro
semestre. O varejo deve performar melhor do que a indústria em 2022, na opinião
de Fernando Pimentel, presidente da entidade.
No começo do ano, a Abimo (associação que representa a
indústria de dispositivos médicos) previa alta de 0,8% para o setor em 2022,
mas agora esse número foi a 2,5%, segundo uma previsão preliminar de Paulo
Fraccaro, superintendente da entidade. Ele cita a expansão das exportações e a
retomada das cirurgias como fatores para o impulso.
A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes)
começou o ano com projeção de 3% de crescimento para o setor. Há dois meses,
revisou para 5%, e agora a expectativa é de 6% ou mais.
"Estamos nos preparando para um segundo semestre muito forte.
Nós devemos gerar mais 100 mil postos de trabalho. As empresas estão
conseguindo repassar um pouco mais da inflação para o cardápio, porque o
mercado está funcionando bem. Eu até diria que esses 6% podem ser
superado", diz Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
Segundo Solmucci, os bons indicadores podem ser
potencializados pelo Auxílio Brasil e pelo crédito consignado atrelado ao
benefício, além da nova fase de contratação de crédito pelo Pronampe, programa
federal de crédito destinado para negócios de pequeno e médio portes.
Fonte e Foto: Folha de São Paulo