FENABAN nega aumento real de 5% para bancários

27/08/2013

A terceira rodada de negociação entre a CONTEC (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito), entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores, (UGT) e a FENABAN, foi realizada na manhã desta segunda-feira (26), no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo e não registrou avanço. 

 

Foram debatidas no encontro de hoje as cláusulas econômicas e como nas negociações anteriores, os banqueiros só disseram não às reivindicações dos bancários. 

No início da reunião, Magnus Apostólico, negociador da FENABAN, afirmou que a contra proposta de reajuste salarial será apresentada pelos bancos somente no início de setembro, mas antecipou que a concessão de um aumento real de 5%, que exige os trabalhadores é algo “impensável” para os banqueiros. “Só esta afirmação já frustrou os bancários, que esperavam o reconhecimento dos patrões pelo seu trabalho, já que são os maiores responsáveis pelos altos lucros que o setor apresenta a cada ano”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Franca Edson Santos. 

 

A FENABAN não concorda em repor perdas salariais e afirmou que pretende, a princípio, reajustar o piso salarial pelo mesmo índice dos salários. Os bancários reivindicam o piso salarial do DIEESE. 

 

Como parte do festival de negativas promovido pelos banqueiros, foi negado, também, o pagamento de adicional por tempo de serviço (anuênio), adicional de horas-extras de 100% e adicional noturno de 50%. 

 

Os bancários reivindicaram aos banqueiros reajustar os vales refeição/alimentação, a cesta-alimentação e o auxílio-creche/babá para o valor de R$ 680,00. Para os ticket’s foi reivindicada ainda a incorporação do benefício aos salários. Os bancos não concordam com a incorporação e pretendem reajustar os valores pelo mesmo índice salarial. 

 

Algumas reivindicações serão levadas aos bancos para discussão interna, como o adiantamento do 13º salário para os meses de fevereiro e novembro e a gratificação de caixa de R$ 1.430,00. 

 

Sobre a elevação da gratificação de função para 70%, os bancos afirmaram que aceitam discutir a questão, desde que a mesma esteja vinculada à discussão a respeito da jornada de trabalho. Os representantes dos bancários reiteraram que a jornada de trabalho do bancário é de seis horas e disso não abrem mão. 

 

Ao final da reunião, Lourenço do Prado, presidente da CONTEC, ressaltou a importância para os bancários da implantação de um Plano de Cargos e Salários em todos os bancos, como forma de valorizar o trabalho e empenho da categoria, finalizando que este é um dos maiores anseios dos empregados dos bancos. 

 

A próxima negociação acontecerá na semana que vem, em data ainda a ser definida. Na ocasião os banqueiros se comprometeram a apresentar uma proposta para o índice de reajuste.