Motorista deve aproveitar parcelamento do IPVA 2022 em 5 vezes

17/01/2022


Os motoristas que têm carros no estado de São Paulo contam em 2022 com um número de cotas maior para pagar o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). O governo do estado ampliou de três para cinco o número de parcelas do imposto.

O calendário com os prazos finais para fazer o pagamento à vista começou a vencer no último dia 10 e vai até 21 de janeiro, conforme a placa do carro ou da moto. Se o proprietário perdeu o prazo para pagar à vista, ele ainda tem a opção de quitar o IPVA em cota única, em fevereiro, ou parcelar o tributo. O vencimento da primeira parcela ocorrerá entre os dias 10 e 23 de fevereiro.

Se o prazo para o contribuinte pagar o imposto à vista já se esgotou, ele ainda tem duas opções para escapar da multa: quitar o imposto em cota única, em fevereiro, ou parcelar em cinco vezes, que também tem vencimento em fevereiro. Especialistas recomendam para esses casos optar pelo parcelamento, pois ambos dão o mesmo desconto de 5%.

Já para proprietários de veículos que ainda têm a possibilidade de quitar o imposto à vista, com desconto de 9%, é preciso avaliar se é possível fazer o pagamento sem se endividar na sequência e se sobrará alguma reserva financeira para os próximos meses. Se não tiver o dinheiro, não deve fazer empréstimo nem usar o limite do cheque especial (quando a conta-corrente entra no vermelho) para fazer a quitação à vista.

O parcelamento e o desconto maior à vista –o triplo do oferecido em anos anteriores, que era de 3%– ocorre devido à valorização dos carros usados. Em média, o imposto está 22,54% mais caro, segundo a Secretaria de Estado da Fazenda e Planejamento de São Paulo.

Caminhões subiram 25,17%, camionetas e utilitários tiveram alta de 23,5%. As motos subiram 23,33%. Já os preços de venda de automóveis registraram média de 21,99% acima do valor do ano anterior.

"Realmente, neste ano, o IPVA deu um salto, o que está relacionado ao valor dos carros. Os carros sofreram aumento, porém isso não significa que eu tenho mais dinheiro", diz a educadora financeira Cíntia Senna, da Dsop.

Empréstimos para quitar as despesas de início de ano devem ser vistos como uma alternativa apenas em último caso, porque os juros estão muito altos no país. ​"Com o aumento da taxa Selic, há um aumento de juros para os empréstimos. E a gente tem ainda a previsão de alta para este ano", afirma a especialista do Dsop.

"Se for necessário tomar um empréstimo, é preciso analisar o custo efetivo total para comparar ao desconto concedido. Sem deixar, é claro, de incluir essas parcelas do empréstimo no seu planejamento financeiro pelos próximos meses para que esteja enquadrada no orçamento e que caiba no bolso", ensina Bianca Caetano, especialista da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).

Fonte: Folha de S.Paulo