Telefonia fixa registra redução de 107 mil linhas em outubro, aponta Anatel

06/12/2017


O mês de outubro registrou queda de mais de 107 mil linhas de telefonia fixa no País em comparação com o mês de setembro. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 4, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No total, foram registradas menos 107.502 linhas, na comparação com o mês anterior.

 

Com a redução de outubro, o Brasil perdeu até agora quase 2 milhões de linhas de telefonia fixa em 2017. Fora, exatamente, 1.181.854 telefones fixos a menos nos ano. No total, o País ainda tem 40.998.519 linhas de telefonia fixa em operação.

 

Concessionárias. Os números da Anatel, mostram que a redução no número de linhas, nos últimos 12 meses, foi mais acentuada para as concessionárias que registraram menos 1.144.657 linhas. Uma redução de 4,58%, enquanto as empresas autorizadas tiveram queda de 0,22%, com menos 37.197.

 

Nos últimos 12 meses, no grupo das empresas autorizadas, a maior queda foi no Rio de Janeiro, com menos 76.681 linhas fixas, e o maior crescimento em Minas Gerais, com 51.242 novas linhas fixas.

 

Já entre as concessionárias em todos os estados houve cancelamento de linhas em relação ao ano passado. Os estados que tiveram as maiores quedas foram São Paulo, que perdeu 324.037 linhas, e Rio de Janeiro, com menos 226.867 linhas de telefonia fixa.

 

Celulares. Ao passo em que cai o interesse do brasileiro pelo telefone fixo, segue em alta o mercado de celulares. As vendas de smartphones no Brasil cresceram 5% no terceiro trimestre de 2017, em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a consultoria IDC Brasil, foram vendidos 11,7 milhões de aparelhos entre julho e setembro de 2017. Além disso, foram vendidos no período 700 mil celulares simples. 

 

De acordo com Leonardo Munin, analista de pesquisas da IDC, o principal motivo para o aumento do mercado foi a necessidade dos brasileiros de trocar de smartphones - muitos deles comprados há três anos, quando o setor viveu seu auge de vendas no País. 

 

No entanto, o resultado foi abaixo do esperado pela consultoria, graças ao fim da liberação do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o adiamento da compra para períodos de descontos como Black Friday e Natal. 

 

A receita também foi acima do esperado, com os brasileiros comprando aparelhos mais caros - o preço médio dos celulares subiu para R$ 1118, em aumento de 12,4% para os R$ 994 registrados há um ano. 

 

"O consumidor procura por celulares com melhores funcionalidades. Os modelos que oferecem memória interna acima de 32GB representaram 10,6%, do total de smartphones vendidos em 2016. Em 2017, já representam 33% do acumulado das vendas até setembro", diz Munin. Já os aparelhos com tela maior que 5 polegadas representaram 65% das vendas. 

 

Para o quatro trimestre deste ano, a IDC espera que sejam vendidos 13,1 milhões de smartphones - no final do ano, a expectativa da consultoria é de que 49 milhões de celulares inteligentes sejam vendidos no País.

 

Fonte: Estadão