Dívida do Brasil é maior que a da Venezuela; veja a de outros países

17/08/2017

O governo vai pedir autorização ao Congresso para elevar o rombo das contas públicas de 2017 e 2018 para R$ 159 bilhões: R$ 20 bilhões a mais neste ano e R$ 30 bilhões a mais no ano que vem. Mas, segundo analistas, a alteração da meta fiscal vai incorrer em salto da dívida pública. Atualmente a dívida bruta ultrapassa os 70% do PIB. O País é o 40º na lista da CIA, uma compilação de dados e estatísticas sobre a relação dívida/PIB das nações de todo o mundo. 

 

ENDIVIDAMENTO AINDA CRESCE

O déficit primário do governo poderá alcançar R$ 200 bilhões, segundo cálculo do consultor econômico e sócio da Global Financial Advisor, Miguel Daoud. Daoud não fez previsão do quanto a dívida crescerá em relação ao PIB, mas avalia que a equipe econômica falhou ao prometer controlar o fiscal para estabilizar a dívida. Só por causa da conta de juros, de acordo com o consultor, o endividamento receberá neste ano um acréscimo de cerca de R$ 400 bilhões. 

 

JAPÃO - 234,7%

A maior proporção de dívida para PIB é a do Japão, que viu sua economia enfrentar um envelhecimento rápido da população e enfrenta fraca produtividade nos últimos anos. 

 

GRÉCIA - 181,6%

O país continua a sofrer desde a crise da dívida soberana de 2010 e está em uma rígida campanha de austeridade. A Grécia luta para refazer seu caixa depois de ser resgatado continuamente por credores internacionais. 

 

ITÁLIA - 132,5%

A Itália é o país mais endividado da zona do euro, e provavelmente o maior risco econômico do bloco. O sistema financeiro do país passa por turbulência, com dois bancos em crise. Se a crise no país explodir, as coisas poderiam ser até piores do que na Grécia.

 

JAMAICA - 130,1%

Terra do atleta Usain Bolt, a ilha do Caribe é um dos países mais endividados do mundo após décadas de empréstimos pesados. Recebeu frequentemente empréstimos do FMI para ajudá-lo a reembolsar dívidas, o que perpetuou seus problemas. 

 

PORTUGAL - 126,2%

Portugal saiu do programa de resgate em meados de 2014, mas ainda está tentando se recuperar dos impactos da crise da zona do euro.

 

ESPANHA - 99,6%

Vítima da crise da dívida da zona do euro, a economia espanhola está lutando contra o desemprego cronicamente alto, particularmente entre os jovens.

 

VENEZUELA - 20,3%

O país tem passado por forte crise nos últimos dois anos. A situação se agravou nos últimos meses, com o processo de instalação de uma Assembleia Constituinte para reescrever a Constituição venezuelana. A falta de alimentos e remédios associada a altos preços, violência e instabilidade política tem levado vários venezuelanos a deixarem suas casas e tentarem uma vida melhor em outros países. 

 

Fonte: Estadão