Brasília virou um campo de batalha

25/05/2017


Sobre uma verdadeira chuva de bombas de gás lacrimogêneo, Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) discursou na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, DF.

 

O líder ugetista ressaltou que este é o momento de resistir as investidas que os parlamentares estão fazendo contra a classe trabalhadora.

Patah criticou a ação policial que usou de força excessiva para tentar acabar com as manifestações, que seguiam pacíficas até que os policiais começaram a agredir os manifestantes.

 

A manifestação que teve como objetivo lutar contra as reformas trabalhista e previdenciária, foi compostos por pais e mães de família, estudantes, professores e aposentados. “Ninguém que está aqui é vagabundo, são pessoas de bem que estão lutando contra medidas de austeridade que visam retirar direitos sociais e trabalhistas”, disse Patah.

 

A caminhada que iniciou por volta das 11h, saiu do estádio Mané Garrincha em direção a Esplanada dos Ministérios, já com a estimativa feita pela Polícia Militar de 150 mil pessoas, mas com a denúncia de que cerca de 50 ônibus de manifestantes ainda estavam parados num bloqueio da estrada, o que demonstrava que a tarde reservaria péssimas surpresas para os manifestantes.

 

As suspeitas se concretizaram quando, ainda no início da caminhada um enxame de abelhas apareceu no meio dos manifestantes.

Durante o ato, Osmar Prado, ator, subiu no carro de som e fez um discurso de apoio aos trabalhadores e trabalhadoras. “Este congresso não tem moral para votar as reformas da maneira como eles apresentaram. Este é o momento de lutar e reivindicar”, disse o ator.

 

Os manifestantes prosseguiram acompanhando o caminhão de som até que centenas de bombas de efeito moral começaram a ser atiradas em direção ao multidão que enfrentou.

 

Mesmo com Ricardo Patah pedindo para que os manifestantes não caíssem na provocação dos policiais, a repressão foi muito violenta e inevitavelmente muitos manifestantes feriram durante o ato. “Somos homens e mulheres pais e mães de família, mesmo assim os policiais não param de jogar bomba, isso é desumano e imoral, as imagens estão ai para o mundo inteiro ver a forma com que os trabalhadores estão sendo tratados”, concluiu.