Movimentos pró e contra Dilma prometem ir às ruas pela renúncia de Temer

18/05/2017

Tanto entidades que apoiavam a permanência de Dilma Rousseff (PT) no Palácio do Planalto como aquelas que pediam seu impeachment já defendem publicamente que o presidente Michel Temer (PMDB) renuncie ao cargo. Após a denúncia de que Temer consentiu com o pagamento de propina a Eduardo Cunha, divulgada pelo jornal O Globo na noite desta quarta-feira, 17, movimentos políticos de diferentes correntes começaram a convocar atos nas ruas. As principais manifestações foram marcadas para o próximo domingo, 21, pela Frente Brasil Popular (FBP) e pelo movimento Vem Pra Rua.

 

Os militantes de esquerda cobram a renúncia do presidente e a convocação de eleições diretas no País. O ato “Fora Temer! Diretas Já” é organizado em várias capitais no domingo à tarde, pela FBP e pela Frente Povo Sem Medo. Em São Paulo, o encontro deve ocorrer a partir das 15 horas, na Avenida Paulista. 

 

Antes da maior manifestação, um evento criado no Facebook pelos grupos Mídia Ninja e Jornalistas Livres promete repetir já nesta quinta-feira, a partir das 19 horas, a reunião espontânea que ocorreu em frente ao Masp logo após a denúncia. Uma das representantes foi a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral.

 

Já o movimento Vem Pra Rua convoca os militantes de direita para o ato “Prendam Todos! Temer, Dilma, Lula e Aécio”, também programado para o domingo à tarde em várias cidades brasileiras. O encontro em São Paulo também está previsto para começar no Masp, às 14 horas.

 

O grupo manifestou apoio à renúncia de Michel Temer ainda na noite passada, assim como o Movimento Brasil Livre (MBL) e outros movimentos liberais. Em publicação do início da madrugada desta quinta-feira, 18, o coordenador do MBL, Kim Kataguiri, provoca os “petistas” apontando que a operação Lava Jato tem como alvos corruptos de quaisquer partidos. Ainda, o grupo diz ter “contatos em Brasília que apuraram que ao menos quatro partidos da base de Temer — PSDB, DEM, PPS e PSB — defenderão a renúncia”.

 

Fonte: Estadão