Ampliação da terceirização significa salários menores e menos benefícios

06/08/2013

Na manhã desta terça-feira (06), o Sindicato dos Comerciários de São Paulo levou milhares de militantes à Avenida Paulista onde, em frente ao prédio da FIESP (Federação das Indústrias do Estado), aconteceu uma grande mobilização em repúdio ao Projeto de Lei (PL) 4330/2004, que trata da terceirização, mas promove um verdadeiro estrago aos direitos já conquistados pela classe trabalhadora, pois terceiriza as relações trabalhistas e reduz os direitos adquiridos.

 

A ação foi promovida pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), central a qual o Sindicato é filiado, juntamente com as demais centrais sindicais brasileiras (CGTB, CSC, Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical e NCST), que são contrárias as medidas propostas pelo PL.

 

Segundo José Gonzaga da Cruz, vice-presidente do Sindicato, o ato desta manhã “histórica” demonstrou que a classe trabalhadora está unida para garantir o avanço de seus direitos e reinterou que, independente de divergências ideológicas, a unidade das centrais brasileiras simboliza o fortalecimento da luta por um Brasil melhor para todos e todas. “Este ato, somado às manifestações que aconteceram no mês de junho, serviram para sacudir nossos parlamentares e exigir que eles passem a legislar mais em favor da população do que para eles próprios”, explica o dirigente que completa: “apesar de eles tentarem votar o PL 4330 na calada da noite, longe dos holofotes e da sociedade brasileira”.

 

A previsão de que o Congresso Nacional ponha o PL na pauta de votação da casa nos dias 13 e 14 de agosto, acendeu a luz de alerta das centrais sindicais, que já se mobilizam para comparecer em massa na Capital Federal visando impedir a aprovação deste Projeto que, diretamente, beneficia empresas e empresários em detrimento da classe trabalhadora.


Para o Secretário Geral da UGT, Canindé Pegado, o PL 4330 foi elaborado pelos empresários liberais com o interesse claro de atender apenas aos seus interesses, prejudicando os trabalhadores ao promover a precarização das relações trabalhistas.  "Lutaremos para que os trabalhadores que são contratados sobre esse regime tenham seus direitos assegurados", afirmou o sindicalista.

 

Josimar Andrade, diretor do Sindicato dos Comerciários enfatizou que o projeto da terceirização representa um retrocesso a todos os direitos que a classe trabalhadora conquistou até hoje, mas lembrou de que esta forma de contratação atualmente é uma realidade no mercado de trabalho nacional e emprega milhares de trabalhadores e trabalhadoras, por esse motivo, é preciso ter uma regulamentação que contemple os profissionais e, no mínimo, assegure direitos.